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31 de mar. de 2010

Meus escritos


Já  me habituei à solidão.
Convivo com as letras, muito embora ao contemplar meus escritos, concluo que não passam de meros gritos no silêncio da minha insignificância; sem  nenhuma expressividade.
São linhas irônicas, por vezes, até agressivas de alguém que simplesmente quer  e ao mesmo tempo não quer chamar a atenção.
Quando quero, sou como criança se exibindo numa espécie de:
- "olha o que eu sei fazer!"
Quando não quero escrevo assim mesmo, na certeza de que ninguém perderá mesmo seu precioso tempo lendo tamanhas tolices.
Ah, mas na realidade, elas são bem reveladoras daquilo que sou e penso.
Me viram do avesso, me tiram as máscaras.
É difícil fingirrquando se escreve.
As verdades, quando não explícitas estão nas entrelinhas.
As palavras sempre nos traem.
Gostaria imensamente de escrever algo que não sou, mas surgem somente letras que me descrevem:
mulher,
anárquica,
com alma de artista,
vomitando várias coisas até então, engasgadas na garganta.