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27 de jan. de 2009

Retrato da minha vida


De que me servem os murmúrios, os lamentos?
Eu tenho esperança (fé).
Esperança em Deus no novo dia que vai surgindo.
Que eu vou desenhando e
que vai se desenhando.
Mais favorável do que o anterior, espero.
O que não consigo realizar por mim mesma,
basta uma palavra do meu Deus,
E então, as águas amargas da minha vida se tornarão doces,
como doce é o mel.
O que não aconteceu ontem,
pode muito bem acontecer hoje.
Aprendi:
O tempo é de Deus e forte aliado na minha jornada.
Cada dia que nasce me aproximo mais da vitória,
que pode ser daqui a alguns segundos, amanhã, sei lá!
Há quem diga que quem sabe faz a hora,
não espera acontecer.
Concordo? Em parte.
Há detalhes da minha história que posso construir.
Mas, existem pontos que transcendem à minha vontade.
Eu não me entristeço muito se as coisas ontem não aconteceram exatamente do jeito que eu queria.
O dia nasce e tudo se faz diferente.
Acordo e percebo que ainda tenho fôlego.
Vida e esperança para mim caminham lado a lado.
Se nada acontecer, penso:
vai ser diferente amanhã;
um novo dia,
um novo tempo...
Portanto, nada de murmurações.
Sigo pintando o meu quadro com os tons que tenho às mãos.
Buscando novos também no arco-íris da vida.
Espero imensamente encontrá-los.
Deus, me conduza por favor, à fonte das cores!
Às águas mais lindas e coloridas que possam existir.
Quem sabe ainda hoje me concedas o verde, o azul ou o amarelo.
Ou coloques à minha frente uma variedade de nuances.
Ah, então o meu dia cinza de ontem daria lugar a um bem mais colorido hoje.
Mas, enquanto isto não acontece, faço bom uso do tons monocromáticos que tenho.
Sem sol, sem gota de água, sem um prisma sequer para fazer a divisão da luz em cores.
Contudo, expressando na tela da vida, da forma mais linda,
perfeita, delicada, suave e harmônica, que me é possível,
o retrato em preto e branco da minha existência.
E com muita esperança em Deus, sempre...