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21 de abr. de 2010

Ser pobre...


é ter uma habitação digna em um local saneado e seguro que pode ser até um pouco mais afastado, mas isento de enchentes e desmoronamentos de terra;
é ter direito de não morrer em eventos totalmente previsíveis;
é ter um serviço de segurança pública que realmente nos proteja e não estar sob  o domínio de poderes paralelos ameaçadores e  que constantemente arrebanham nossas crianças, nossos jovens e ceifam vidas;
é  não ter uma elite que os discrimine e que defenda o aumento da distância entre ricos e pobres para ricos e miseráveis (não é suficiente para os tais, sermos apenas pobres?). E assim  fazem, utilizando-se dos crimes de "colarinho branco", que raramente são punidos e um dinheiro que nunca retorna aos cofres públicos;
Dinheiro que bem poderia ser aplicado na melhoria da condição de vida de muitos.
é não ter o carro da hora, mas o direito a um transporte coletivo de qualidade, onde todos possam viajar bem acomodados;
é nem pensar em comer caviar, mas se alimentar pelo menos com  três refeições diárias equilibradas;
não é se tratar naquele hospital que parece mais um hotel de luxo, mas ter acesso a um serviço de saúde pública, dentro dos padrões ou seja, realmente voltado à prevenção, promoção da saúde, tratamento de doenças e à reabilitação;
é não apenas ter que sonhar com uma equipe interdisciplinar qualificada e devidamente paga para assistência à saúde da coletividade;
é participar ativamente na composição das políticas nacionais de saúde e também das de outros segmentos públicos;
nem é se conformar com o assistência paternalista, mas ter um saber suficiente que lhe permita participar do processo de cuidar - de si mesmo e de seus filhos, quando for o caso;
não é ter que pedir esmolas, mas um trabalho e salário que lhe atenda as necessidades básicas;
é ter educação, diversão e arte na cidade em que se vive, uma boa escola, com professores motivados, bem remunerados e preparados;
é ser um cidadão;
é ver a justiça se realizando, independente da condição social, da cor da pele, do sexo e da religião;
ser pobre é ...
vejamos, não ter luxo. O luxo é inerente aos ricos. Contudo, é não ser privado do básico, do mínimo de que se necessita para se sobreviver com qualidade.
Por fim, é ser aquele que não nasceu em berço de ouro, mas sim, o que vê na vida, a possibilidade de ultrapassar a tal barreira da pobreza,  seja pela sorte ou através do esforço próprio, da ajuda mútua, do talento, do trabalho honesto ou dos estudos.

18 de abr. de 2010

Escrevo


Meus textos estão sempre em construção, assim como meu ser.
O que penso hoje, posso nem lembrar amanhã ou até pensar diferente daqui a segundos, horas ou dias.
Eu sou assim mesmo!
Por isso peço que ninguém os tomem como verdades.
Estou sempre os corrigindo.
Estes meus escritos...
São para mim, como crianças, tamanhos os cuidados que me exigem.
Já havia prometido não escrever mais.
Tal ação não paga as minhas dívidas e ainda me toma um tempo considerável.
Mas, chega a madrugada, a manhã ou qualquer hora do dia, as idéias começam a me agitar a mente e não tem outro jeito, escrevo.
Faço assim, sem a mínima pretensão de que alguém possa concordar comigo em qualquer ponto que seja.
Escrevo para lembrar que ainda existo.
Escrevo, simplesmente, escrevo!
Escrevo...
Escrevo?
"Escrevo".

15 de abr. de 2010

Hoje não vou cuspir marimbondos!


Acordei digamos assim...
bem suave...
O amanhecer sempre me proporciona um renovo.
Prefiro deixar lá para trás, os aborrecimentos.
O Ontem?
Já passou!
Olharei  profundamente nos olhos do meu bebê, pois isto me faz bem.
Vejo tanta inocência e paz neles...
Não é do meu feitio ficar exaltada por qualquer motivo.
Escolho a paz nestes dias.
A renúncia sempre que possível me é melhor do que o confronto por coisas que depois concluo serem tão... insignificantes...
Uma crítica nada mais é do que uma crítica.
Muitas das vezes ela até me torna uma pessoa melhor.
Por isso, hoje não vou cuspir marimbondos!
Vou é contemplar a beleza das borboletas e jogar pétalas de flores para o alto.

9 de abr. de 2010

Meu dia

Um forte resfriado sempre me faz lembrar o quanto sou frágil.
E o pior é que tenho que me manter o mais distante possível da minha pequena Sarah, de quatro meses apenas. A última coisa que quero é que meu bebê adoeça.
O melhor é que me certifico que a saúde é um dos maiores bens que Deus nos concedeu.
É também  beber aquela xícara de café, bem quentinha,  no aconchego do meu lar e ao lado das pessoas que mais amo nesta vida.
É me sentir inspirada a escrever algo.
É assistir de novo "Casablanca", com aquele  lindo e romântico tema: "As times goes by " e rever o charmoso do Humphrey Bogart.
É dar valor a minha casa com cheirinho de limpa e também àquela velha manta de xadrez azul que me aquece há anos; àquele banho restaurador; àquela canção de amor e tantas outras tão lindas quanto.
É assistir aquele vídeo romântico do John Lennon com a Yoko Ono, tendo como fundo musical a música "Love".
É vê-los escrevendo seus nomes com os dedos, na areia da praia e a onda do mar apagando...
É ler um bom livro; é mentalizar um monte de coisas boas para mim e para os outros.
É parar um pouco, olhar para meu interior e ver coisas que precisam ser melhoradas, mas apesar de tudo ainda me sentir muito satisfeita comigo mesma.
É com tudo isso, poder criar no imaginário um mundo perfeito e acrescentar mais poesias, romances, flores enfim um monte de coisas ótimas nele.
Pensando bem...
O resfriado me deixou excelente hoje!